quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Princípios de prevenção na escola


Para pensar no desenvolvimento de um projeto de prevenção do uso de drogas na escola, primeiramente, é necessário saber qual a filosofia e quais os princípios que vão fundamentar o trabalho.

A prevenção será mais adequada e eficaz se tiver como objetivo o desenvolvimento da capacidade de escolha dos indivíduos. Uma pessoa bem informada e com uma consciência crítica desenvolvida terá mais possibilidades de tomar decisões que evitem riscos e favoreçam a sua saúde.

Trabalhar com a perspectiva de reduzir os riscos de consumo abusivo e os danos causados pelo uso de substâncias psicoativas é uma forma mais realista, eficaz e ética de trabalhar a questão das drogas.

Uma ação de prevenção na escola alcança melhores resultados quando fundamentada em princípios como os descritos abaixo:
  • Planejamento que envolva a integração de representantes dos diferentes segmentos da escola: diretores, coordenadores, professores, funcionários, estudantes, famílias e comunidade.
  • Ações direcionadas para os estudantes, as famílias e a própria comunidade escolar.
  • Programas desenvolvidos em longo prazo, durante todo o processo escolar, com ações específicas para cada faixa etária.
  • Intervenções projetadas para reduzir fatores de risco de abuso de drogas e aumentar fatores de proteção à saúde.
  • Conteúdo que abranja as diferentes formas de abuso de drogas, incluindo as legais e as ilegais e dando prioridade às mais consumidas na comunidade.
  • Integração do trabalho de prevenção em um conjunto de ações de promoção à saúde.
  • Busca do fortalecimento da autoestima e do desenvolvimento da capacidade de enfrentar problemas e de tomar decisões.
  • Inclusão de métodos interativos e informações objetivas e verdadeiras, sem a intenção de amedrontar por meio de informações desatualizadas e preconceituosas.
A educação escolar, associada a outros setores da sociedade, é uma instância importante no desenvolvimento de pessoas conscientes, livres, responsáveis e comprometidas com valores éticos de promoção à saúde individual e coletiva.

Referência: ALBERTANI, H. M. B; AZEVEDO, A. C. Princípios e Estratégias de Prevenção do Uso de Drogas nas Ações Educativas, 2012.

Redes Sociais


O conceito de rede social como um conjunto de relações interpessoais concretas que vinculam indivíduos a outros indivíduos vem se ampliando dia a dia, à medida que se percebe o poder da cooperação como atitude que enfatiza pontos comuns em um grupo para gerar solidariedade e parceria.
O homem, como ser social, estabelece sua primeira rede de relação no momento em que vem ao mundo. A interação com a família confere-lhe o aprendizado e a socialização, que se estendem para outras redes sociais. É por meio da convivência com grupos e pessoas que se moldarão muitas das características pessoais determinantes para sua identidade social. Surgem, nesse contexto, o reconhecimento e a influência dos grupos como elementos decisivos para a manutenção do sentimento de pertinência e de valorização pessoal.
Todo indivíduo carece de aceitação, e é na vida em grupo que ele externará e suprirá essa necessidade. Os vínculos estabelecidos tornam-se intencionais, definidos por afinidades e interesses comuns. O grupo passa, então, a influenciar comportamentos e atitudes, funcionando como ponto em uma rede de referência composta por outros grupos, pessoas ou instituições, cada qual com uma função específica na vida da pessoa.

Indicação de filme

A Corrente do Bem (Pay It Forward,2000)

O Filme “A Corrente do bem”, dirigido por Mimi Leder, é mais do que uma produção cinematográfica. Não são apenas ótimos atores e atrizes interpretando um simples papel, nem efeitos especiais de tirar o fôlego. É a bela história de um garoto que acredita conseguir melhorar o mundo que vivemos. E ele consegue!
Eugene Simonet (Kevin Spacey) é professor de Estudos Sociais em uma escola típica americana, com problemas de violência e bullying. Trevor (Haley Joel Osment) sofre com o alcoolismo de sua mãe (Helen Hunt) e o abandono de seu pai. O professor Simonet propõe um desafio aos alunos: pensar em algo para
melhorar o mundo e colocar em ação.
Diante das ideias infantis, porém comuns a estudantes da 7ª série, Trevor apresenta uma ideia um tanto quanto inteligente. Até mesmo Simonet fica surpreso! Considerando que se uma pessoa ajudar 3 pessoas,
essas outras 3 pessoas ajudarem outras 3 pessoas, e assim por diante, o mundo poderá ser muito melhor pra se viver. O que pode ser verdade!
Como assim dizia o projeto, Trevor colocou sua teoria em prática. Ajudou um morador de rua, viciado em drogas, oferecendo comida e um lar para dormir. Claro, sem que sua mãe percebesse. Mas não foi difícil, já que sua mãe era um tanto quanto ausente trabalhando em dois lugares diferentes para sustentar seu vício e o filho que tanto ama. O engraçado é que a teoria dá certo e ganha proporções estrondosas, ganhando a atenção da mídia e de um jornalista em especial, que beneficiado com “A corrente do bem” busca saber onde tudo começou.


Políticas públicas


As políticas públicas voltadas para educação e saúde convergem para o território da escola visando contribuir com a qualidade de vida do escolar e tudo que o cerca. Essa composição social se define a partir do tecido cultural no qual a escola está inserida. Dessa forma, somos nós que, ao mesmo tempo, inventamos nossa cultura e experimentamos a “dor e o prazer” de vivê-la. Esse é um movimento constante de renovação de nós mesmos nos espaços em que habitamos e que habita em nós. 

Little define território como: “O esforço coletivo de um grupo social para ocupar, usar, controlar e se identificar com uma parcela específica de seu ambiente biofísico, convertendo-a assim em seu território”.

Por meio desse conceito, é possível compreender o sentido de “pertencer” a um lugar, ser parte, responsabilizar-se por ele, construí-lo coletivamente.Conheça um pouco sobre as cidades educadoras. Um exemplo de território de responsabilidade são as cidades educadoras onde todos são responsáveis por todos. Entre no site abaixo e conheça mais sobre as cidades educadoras. A seguir, um fragmento da Carta das Cidades Educadoras:

“Atualmente, a humanidade não vive somente uma etapa de mudanças, mas uma verdadeira mudança de etapa. As pessoas devem formar-se para uma adaptação crítica e uma participação ativa face aos desafios e possibilidades que se abrem graças à globalização dos processos econômicos e sociais, a fim de poderem intervir, a partir do mundo local, na complexidade mundial, mantendo a sua autonomia em face de uma informação transbordante e controlada por certos centros de poder econômico e político”.

Acesse http://www.fpce.up.pt/ciie/OCE/index.htm  para saber um pouco mais!

Referência: Paul E. Little TERRITÓRIOS SOCIAIS E POVOS TRADICIONAIS NO BRASIL: POR UMA ANTROPOLOGIA DA TERRITORIALIDADE


Adolescente usuário de drogas


Para o adolescente, as drogas, tanto lícitas como ilícitas, fazem parte da vida social, das festividades, da inserção no grupo, embora nem todos façam uso delas.

Em geral, o adolescente tem resistência em admitir que o uso de drogas pode lhe causar problemas e gerar uma dependência, o que dificulta a abordagem da questão. Além disso, o preconceito em torno do usuário

Historicamente, o adolescente usuário de drogas tem sido tratado ora como doente, ora como criminoso e as abordagens que acompanham essa visão dualista têm-se mostrado insuficientes e ineficazes na prevenção e no encaminhamento de soluções para o uso de drogas.

Uma grande conquista recente para os jovens brasileiros foi a promulgação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Juventude pelo Congresso Nacional, em 13 de julho de 2010. A PEC, agora transformada na Emenda Constitucional n. 65, insere o termo jovem no capítulo dos Direitos e Garantias Fundamentais da Constituição Federal, suprindo uma lacuna e assegurando ao segmento direitos que já foram garantidos constitucionalmente às crianças, adolescentes, idosos, indígenas e mulheres.

Usuário ≠ Traficante


Ao se considerar a questão das drogas, é importante diferenciar o usuário do traficante.


O usuário é a pessoa que adquire a droga para consumo próprio, seja dependente ou não.

O traficante é aquele que produz ou comercializa determinada droga ilícita.

Para a Justiça determinar se a droga destina-se ao consumo pessoal, no caso de maiores de idade, é necessário
analisar a quantidade da substância, as condições da apreensão e as circunstâncias sociais e pessoais
do portador.



Para mais informações, veja a Lei n. 11.343/06 

Penas alternativas para usuários e dependentes


A legislação brasileira sobre drogas, datada da década de 1970, não fazia a diferenciação entre traficantes, usuários e dependentes para efeitos criminais. As novas políticas e legislações têm gerado uma mudança de paradigma: propõem a extinção da pena de prisão para usuários e dependentes que serão submetidos a penas alternativas e encaminhados a tratamento médico gratuito não compulsório.

Nesse aspecto, as propostas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e as políticas públicas brasileiras convergem, ao tratarem o dependente como “doente” e não como “delinquente”. Assim, os usuários e dependentes de drogas que foram outrora tratados como bandidos passam a ser considerados pessoas que precisam de ajuda ou orientação.

Embora a nova abordagem contribua para uma visão mais humanitária dessas pessoas, a sociedade continua a considerar o usuário de drogas criminoso, moralmente desajustado, patrocinador do tráfico etc.

Por que precisamos da educação?



A palavra educar origina-se do latim educatio, que, além de instrução, também significa ação de criar, de alimentar. Educação é, portanto, um fenômeno bastante complexo, que se relaciona com todo o processo de formação do sujeito. Nesse processo, ocorrem muitas influências: da família, do trabalho, do clube, dos grupos sociais e culturais de diversas outras instituições.

No seu sentido mais amplo, educação significa o meio em que os hábitos, costumes e valores de uma comunidade são transferidos de uma geração para a geração seguinte. A educação vai se desenvolvendo através de situações presenciadas e experiências vividas por cada indivíduo ao longo da sua vida.
As necessidades surgidas na vida das pessoas, suas experiências de sobrevivência ou de busca de bem-estar ocasionaram processos de produção e criação de conhecimentos, construídos individual ou coletivamente e organizados socialmente, ao longo da história da humanidade.
Esse tipo de educação não é, necessariamente, institucionalizada, ou seja, não ocorre em um espaço definido, com tempos determinados nem tem uma forma padrão nem normas que a estruturem. É por essa educação que várias pessoas se educam, muitas vezes, sem terem ido à escola.
Esse processo educacional se desdobra em várias dimensões: a educação tanto tem a função de transmitir a cultura e o conhecimento acumulado quanto a função de despertar potencialidades, reflexão e críticas acerca
da realidade e das possibilidades de sua modificação.
A educação acaba influenciando a constituição de vários aspectos da subjetividade das pessoas, como valores, crenças, orientações religiosas, sexuais, morais, sentimentos, escolhas e muitos outros.
Referência: MARINHO-ARAÚJO, C. M. Psicologia Escolar - Construção e Consolidação da Identidade Profissional, 2010.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Notícia

Notícia publicada em 09/02/2013

SSP desenvolve ações de prevenção para o carnaval 2013

Policiais civis e militares, bombeiros e assistentes sociais estarão desenvolvendo entre os dias 08 e 12 deste mês a “Polícia Comunitária em Ação/Carnaval 2013”, com o objetivo de disseminar a filosofia de Polícia Comunitária durante as festividades. A ação é desenvolvida pela Superintendência de Polícia Comunitária em parceria com a Polícia Militar, Polícia Civil e o Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN). 
De acordo com o cronograma, do dia 08 a 12 de fevereiro, os servidores da Superintendência de Polícia Comunitária estarão em Palmas e Araguaína realizando atividades preventivas por meio da distribuição de folders informativos, abordagens de conscientização em locais de aglomeração de pessoas, orientação à comunidade sobre os riscos do uso de drogas lícitas e ilícitas, sobretudo, acerca dos perigos da combinação da bebida alcoólica e direção, exploração sexual, furtos, roubos e violência em geral, tidos como mais comuns nessa época.
Palmas, Araguaína e Gurupi contarão com bases comunitárias móveis que auxiliarão o policiamento ostensivo durante o período carnavalesco, bem como poderão atuar como pontos de acessibilidade para o registro de ocorrências de baixa complexidade, como a perda ou extravio de documentos e denúncias em geral.
Segundo o superintendente de Polícia Comunitária, coronel Jefferson Fernandes Gadelha, a ação tem como objetivo alertar e orientar a sociedade tocantinense acerca de condutas que promovam mais segurança durante o período carnavalesco. O Governo do Estado, por intermédio das Polícias Militar e Civil e o Detran, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, pretende diminuir o número de acidentes de trânsito provenientes do abuso de bebidas alcoólicas, aproximar a comunidade das forças de segurança pública e estabelecer uma cultura de segurança e paz na sociedade tocantinense, onde todos reconheçam sua responsabilidade junto à segurança pública.