terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

A Escola na Prevenção e Promoção de Qualidade de Vida Sem Drogas - Parte III

Processos de socialização e drogadição 

Faz parte da Síndrome Normal da Adolescência (ABERATURY e KUOBEL, 1981), a tendência grupal do indivíduo na busca da identidade. Existe segundo os autores um processo de superidentificação em massa tornando-se por vezes muito difícil a separação da turma, dos caprichos ou modas em relação à vestimenta, costumes e preferências como um todo. 
Na adolescência há em geral a mudança de figuras de referência do círculo familiar para o grupo de amizades. Para os adolescentes com uma sustentação não adequada do projeto identificatório, a sensação de “vazio existencial” é constante. Este não poupará esforços na busca por “algo” que amenize sua instabilidade e insegurança, (TAKEUTI, 2002). 

A incidência do uso de drogas entre adolescentes é considerada alta quando comparada as outras faixas populacionais. Autores como Becker (2000), explicam esse fato fazendo referência ao contexto de geralmente difícil transição e busca de auto-afirmação e enquadramento com a nova identidade nascente. Dentre as experiências de descoberta as drogas quase sempre fazem presentes. 

A vivência desse período se faz de maneira conflituosa e as pressões do meio ambiente mostram-se de maneira mais representativa. O ingresso no consumo de drogas aconteceria na maioria das vezes por influência dos colegas, (TAKEUTI, 2002). A busca dos amigos para fugir dos conflitos familiares e a sede por transgressões fariam parte do comportamento característico dessa faixa de idade. 

De acordo com RIBEIRO E TOROSSIAN et al (1998) “a adolescência é caracterizada como um período complexo no qual as drogas podem ser usadas, entre outras coisas, como um artifício virtual para catalisar a resolução dessas tarefas”. Sendo assim em nossa cultura, durante essa fase da vida é bastante comum que o jovem entre em contato com algum tipo de droga durante o processo de socialização que ocorre durante a adolescência. 

A aproximação dos jovens com as drogas se de forma considerável através de grupos. Os contatos sociais feitos dentro das escolas, muitas vezes, demarcam a presença de gangues na escola como uma constante e fazem dessa instituição uma das vias de acesso fácil dos adolescentes às drogas. (ABRAMANOVAY, 2002) 

Sendo assim, uma atenção maior sobre a forma como se dá o contato nesse contexto, bem como a busca por um maior entendimento sobre os problemas e dificuldades enfrentados pelos adolescentes precisa ser levada em conta para que se possa realizar um acompanhamento de jovens envolvidos em situações de risco com drogas. 

A escola, por ser um elemento de presença forte para os jovens e - juntamente com a família - responsável pela educação destes de forma global, tem as ferramentas necessárias para proporcionar prevenção do uso de drogas. 

Fonte:http://artigos.psicologado.com/atuacao/psicologia-escolar/drogas-e-socializacao-o-papel-da-escola-na-prevencao-e-promocao-de-qualidade-de-vida-sem-drogas#ixzz2KWfnU1Bw 

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